24 abril 2017

Resenha: “Enfeitiçadas” da autora Jessica Spotswood.

em 24 abril 2017

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Oiii pessoal!!!

A resenha de hoje é do livro
“Enfeitiçadas” – As Crônicas das Irmãs Bruxas I da autora Jessica Spotswood, publicado pela Editora Arqueiro em 2014, contendo 272 páginas.

Fonte imagem:https://www.amazon.com.br

Sinopse:
Antes do alvorecer do século XX, um trio de irmãs chegará à idade adulta, todas bruxas. Uma delas terá o dom da magia mental e será a bruxa mais poderosa a nascer em muitos séculos: ela terá poder suficiente para mudar o rumo da história, para suscitar o ressurgimento do poder das bruxas ou um segundo Terror.
Quando Cate descobre esta profecia no diário de sua mãe, morta há poucos anos, entende que precisa repensar seus planos. Qual será a melhor opção: servir a Irmandade, longe dos olhos vigilantes dos Irmãos caçadores de bruxas, aceitar uma proposta de casamento que lhe garanta proteção e segurança ou abandonar tudo e viver um grande amor proibido?
Prepare-se para se encantar com os jovens pretendentes de Cate, abominar o ódio e a repulsa que os Irmãos dedicam a meninas e mulheres, e a aguardar ansiosamente pela sequencia de As Crônicas das Irmãs Bruxas.
  
Pense em um livro bom! Agora pense em um livro que você não consegue largar até a ultima página! Pensou? Pois Enfeitiçadas foi para mim este livro. Não consegui largar até que o terminasse, e o devorei muito, mas muito rápido!
Como toda historia de época a descrição da indumentária e da ambientação para mim é muito importante, porque não adianta te jogar em um universo e polir os detalhes te deixando meio perdido. Demorei um pouquinho para me habituar, pois o inicio não estava muito claro em qual período estávamos, mas depois a coisa fluiu muito bem.
É bizarro ver uma sociedade tão arcaica, machista e retrógrada. Os homens eram a massa superior, aqueles que pensam e as mulheres serviam apenas para serem donas de casa e se fossem analfabetas era ainda melhor.  Eles se utilizam da fé para repreendê-las e se colocam na posição de julgar e impor suas vontades.  Ser um pouco diferente era o mesmo que pedir para ser julgada como bruxa e sentenciada a uma vida em um manicômio ou coisa do gênero. Bruxa ou não todas tinham o mesmo fim, bastava ir contra aos ideais dos Irmãos.
As regras dessa irmandade são muito rigorosas que impõem a submissão e a política do medo. Sendo assim, as poucas bruxas que restavam passaram a se esconder e evitar a sociedade ou praticar a submissão e se esconder sob as regras de um casamento.
Como a historia é contada em primeira pessoa, conhecemos bem a visão da Cate. Ela é extremamente altruísta, indecisa, insegura e controladora, mas conseguimos ver nitidamente o seu senso familiar, tipo ela abandona tudo pelas irmãs, joga fora felicidade e amor. A Maura é a irmã do meio, sinceramente que pessoa intragável. É egoísta, prepotente e invejosa. Quer ser melhor que todo mundo e ser o centro das atenções, mas no final sempre acaba fazendo um bando de besteiras. A Tessa é a mais querida, é talentosa, obediente e muito madura para sua idade.  O relacionamento delas é bem conflituoso, mas é visível o quanto se amam e se importam uma com a outra.
A parte romântica da historia não foi negligenciada e como sempre rolou um triangulo amoroso meio as avessas. Porque na verdade Cate nunca amou Paul, seu amigo de infância, sempre nutriu um carinho muito grande, mas amor amor não era. Ele era apenas uma boa opção de casamento. Já o Finn era o jardineiro da família – nada mais clichê que a mocinha se apaixonar por um empregado de sua casa, mas enfim… – e o clima de romance entre os dois começou de forma despretensiosa. Aos padrões da sociedade a pessoa certa é o Paul, por poder proporciona-la uma qualidade de vida igual ou similar a que ela tem em casa, mas é aquela historia né, ninguém manda no seu próprio coraçãozinho.
Finn é um personagem encantador. Ama livros e é um homem para além do seu tempo. O que numa sociedade como essa é quase água no deserto.
Há cenas de cortar o coração, e passagens de roer as unhas. Não tem como não se condoer por Cate e seus dilemas e sofrimento, assim como seus sonhos e seus ideais. Não há como não se apaixonar por Finn e sua doçura, coragem e determinação.
Quero ressaltar que vocês não devem imaginar que este livro se trata de mais um sobre bruxinhas adolescentes, ele aborda assuntos bem sérios e críticas à sociedade são feitas, os personagens são profundos e nos levam a pensar em nossas escolhas, sobre o nosso lugar na sociedade e a maneira como vivemos e julgamos os outros, o diferente.
A história do livro é simples, confesso. Mas não tem como vê-la só pela sua simplicidade, mas sim, também, pelas suas nuances, seu carisma único, e seus dramas, esse livro fala de amor, lealdade, família e preconceito. Um livro que fala sobre a vida, sobre sonhos e sobre fatalidades.
Com uma narrativa bem fluida a autora conseguiu finalizar seu primeiro livro de uma forma significativa deixando todos bem curiosos para ler o desenrolar dessa historia, recomendo! Ansiosa pelo próximo.   

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