Oiii
pessoal!!!
A resenha de hoje é do livro "Xadrez, Truco e outras guerras- Ira – Coleção Plenos Pecados” do
autor José Roberto Torero,
publicado pela Editora Objetiva em 1998, contendo 184 páginas.
Sinopse: Xadrez ou truco? Guerra. A decisão do rei é uma estratégia política.
Enquanto se distrai com jogos de tabuleiro, seu exército vai para o front. As
guerras talvez sejam a manifestação exemplar da ira. Único pecado que Deus
teria cometido, a ira é arma para quem está com a vida em risco.
Segundo volume da coleção
Plenos Pecados, Xadrez, truco e outras guerras mostra grandes e pequenas iras
que algumas vezes são pecados - e outras, virtudes. O escritor e roteirista
José Roberto Torero se inspira na Guerra do Paraguai para construir um romance
em que ironia e sarcasmo revelam o lado pouco heróico de muitas guerras.
Mais um autor nacional que publica um livro muito
bom! Vi por um acaso na Biblioteca Transcol e resolvi ler sem olhar a sinopse, de
tão bem que a pessoa que o devolveu disse.
Já no prefácio, José Roberto Torero diz que o livro
não se limita apenas a descrever a ira, mas também a provocá-la. Comigo não foi
assim. Amei a leitura!
Além do mais, como a guerra é o pano de fundo do
livro, por mais que algumas coisas que acontecem durante a história sejam
ridículas e revoltantes, não acho que se possa esperar de uma guerra algo
diferente disso. Então o livro não me provocou a ira, simplesmente pelo fato de
que apenas satiriza e ironiza coisas que realmente ocorrem.
A escrita do
autor é inteligente e envolvente, no início do livro ele apresenta os
personagens, um a um, começando do Rei até chegar ao soldado, que então se
transforma na personagem central da história. Até neste momento é respeitada a
hierarquia... hehe... Ele demonstra os motivos que levaram cada personagem a se
envolver na guerra, e deixa bem clara sua posição de que quanto mais alta é a
posição hierárquica da personagem, mais ela é guiada pelo orgulho e pela
vaidade.
O livro
demonstra como a ira permite que as pessoas se mantenham vivas mesmo em um
ambiente mais que desagradável. Mostra que só mesmo provocando a ira dos
soldados é que eles podem ver sua atitude de matar outros seres humanos como a
coisa certa a fazer. No livro, os combatentes são levados a acreditar que o
Ditador, o governante do outro país, é o demônio em pessoa, e que as pessoas
que lutam por ele não merecem outro destino que não a morte.
O autor
escreve de forma bem-humorada e isso torna o livro bem fácil de ler.
Enfim, recomendo,
e desculpem por começar do segundo volume, não tinha percebido até começar a ler
(gafe minha rsrs).
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